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Dani Alves "continua a ser tão inocente" como no início, diz o advogado do brasileiro

Dani Alves AFP

Segundo noticiou a Associated Press, o tribunal sustentou haver o risco de fuga de Dani Alves, pelo que deve permanecer detido enquanto a investigação se desenrola

Um tribunal espanhol rejeitou esta terça-feira o recurso para a libertação sob fiança do futebolista brasileiro Dani Alves, detido por alegada violação, enquanto decorre a investigação, considerando haver risco de fuga.

Segundo noticiou a Associated Press, o tribunal sustentou haver o risco de fuga de Dani Alves, pelo que deve permanecer detido enquanto a investigação se desenrola.

Um juiz tinha determinado a sua prisão preventiva, após as investigações iniciais das autoridades.

Num comunicado enviado à EFE, o advogado de Dani Alves, Cristóbal Martell, classificou de "assimétrica" a decisão desta terça do tribunal e afirmou que o internacional brasileiro "continua a ser tão inocente" quanto o era no início do processo.

De resto, o causídico rejeitou que houvesse risco de fuga caso o jogador fosse libertado sob fiança, salientando que Alves "nunca teve qualquer intenção de sair de Espanha e evitar o processo" que decorre na Justiça espanhola.

O internacional brasileiro foi detido em 20 de janeiro, após se apresentar na polícia, sendo investigado por alegada agressão sexual ocorrida em dezembro.

Inicialmente, Alves negou conhecer a alegada vítima, mas, após recurso aos vídeos de vigilância, ficou claro que o brasileiro mentiu, situação que levou à sua detenção.

Os factos alegados teriam ocorrido na noite de 30 para 31 de dezembro e a denúncia apresentada a dois de janeiro.

A um de fevereiro, os advogados do jogador informaram que este estava disponível para entregar o seu passaporte às autoridades espanholas e também usar um dispositivo de localização para poder sair em liberdade.

De acordo com os advogados do internacional brasileiro, que apresentaram o recurso num tribunal de Barcelona para libertação do jogador de 39 anos, estava também disponível para se apresentar em tribunal e às autoridades quantas vezes forem necessárias, incluindo diariamente.

Os advogados de Alves defenderam ainda que a sua detenção sem fiança não se justifica, já que não existem provas suficientes sobre a alegada violação a uma mulher numa discoteca de Barcelona.

O internacional brasileiro, que é casado com uma espanhola, estava de férias em Barcelona após o Mundial'2022, que decorreu no Catar.

Redação com Lusa