Benfica

Roger Schmidt persegue recorde de... Roger Schmidt

Roger Schmidt, treinador do Benfica Miguel Pereira/Global Imagens

É já no próximo jogo do Benfica, na visita a Guimarães, que o novo treinador dos encarnados pode igualar o seu melhor registo de triunfos, alcançado ao serviço do RB Salzburgo em 2014.

Roger Schmidt persegue... Roger Schmidt. A duplicação de nomes significa aqui que o treinador alemão tem já à vista um recorde pessoal que data de há oito anos e está a apenas mais um triunfo, na deslocação a Guimarães, de ser igualado. Só depois, o treinador alemão poderá visar um novo registo pessoal e outro coletivo, este na posse de Sven-Goran Eriksson.

Aliás, chegar às 15 vitórias consecutivas num arranque de temporada é um objetivo que, como já foi noticiado, permitirá igualar a sequência que o reconhecido treinador sueco incluiu no seu currículo quando conduziu o Benfica a esse feito, em 1982/83. Arrancou a vencer o Espinho, finalizou o percurso ao 16.º encontro, num empate forasteiro com o FC Zurique, para a Taça UEFA, prova em que só seria derrotado numa final a duas mãos, ante o Anderlecht.

Para igualar esta caminhada, Roger Schmidt terá de orientar o Benfica até à vitória com o Vitória de Guimarães, na cidade berço, e na receção ao colosso PSG, para a Liga dos Campeões. Só depois da eventual concretização deste cenário é que poderá partir em buscar do recordista... Jorge Jesus, não num arranque de época, mas durante uma campanha completa. O técnico português somou pelas águias 18 triunfos consecutivos em 2010/11, entre dezembro e março, que começou com um triunfo sobre o Braga e terminou com uma derrota ante o emblema minhoto.

Os ciclos longos e um que esbarrou em Jesus

Antes de apontar ao melhor registo coletivo, Roger Schmidt tem um pessoal para igualar e tentar superar. Em 18 épocas de carreira como treinador, iniciada em 2004/05, e com oito clubes no currículo, o alemão apenas por uma vez teve um ciclo tão longo como o atual no acumulado de 18 temporadas na condição de treinador. Não o conseguiu pelo Delbrucker, nem pelo Preussen Munster, muito menos pelo Paderborn.

Só na segunda época no comando dos austríacos do RB Salzburgo deu cartas. Não o fez no arranque, mas depois de uma primeira sequência de nove triunfos lançou-se para outra de 14 seguidas, apenas mais uma do que regista atualmente pelo Benfica.

De permeio, passou pelos alemães do Leverkusen (seis vitórias seguidas) e pelos chineses do Beijing Guoan (9), antes de chegar aos neerlandeses do PSV Eindhoven, onde apenas logrou festejar, em 2020/21, dois ciclos mais extensos de seis vitórias. Se o segundo terminou ante o rival Ajax, o primeiro apagou-se após o desaire com... o Benfica de Jorge Jesus, no playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Candidata-se agora a igualar o seu recorde, antes de atacar o de Eriksson. O tema é atual, mas Schmidt prefere ainda falar de foco total dos jogadores. "Sei que é muito interessante falar em recordes, mas para mim enquanto treinador tenho de fazer com que os jogadores se foquem", reagiu na véspera da goleada (5-0) ao Marítimo.

Vítor Rodrigues