ENTREVISTA, PARTE I - Para o central, assinar pelo FC Porto, apesar do interesse de clubes estrangeiros, era o passo certo na carreira e o maior objetivo está bem definido. Ser a contratação mais cara de sempre entre clubes nacionais é algo que o jogador admite pesar, mas garante que isso não vai afetar a sua entrega. Não vê a hora de começar a jogar.
David Carmo era até sexta-feira o único reforço confirmado do FC Porto para 2022/23 [entretanto chegou Veron]. O central custou 20 milhões de euros à SAD, naquela que é a maior transferência de sempre entre clubes portugueses. Um peso que admite sentir. Na primeira entrevista depois de ter começado a trabalhar no Olival, Carmo conversou em exclusivo com O JOGO e explicou as razões de ter preferido os azuis e brancos.
E se o seu antigo treinador no Braga, Caros Carvalhal, acredita que a passagem pelo Dragão será curta, o defesa só pensa em cumprir o contrato de cinco anos. Aos adeptos deixa uma garantia: não vai faltar vontade, garra e querer.
Tinha clubes estrangeiros interessados, o que o levou a escolher o FC Porto?
-Porque acho que foi o passo certo. Por tudo. Para já, por querer conquistar o título nacional no país onde nasci. Estou mais perto da minha cidade, Aveiro. Mas também pelo desenvolvimento que posso ter como pessoa e como jogador. Ir para o estrangeiro não seria, para já, o passo certo.
Representar o FC Porto era algo que já lhe tinha passado pela cabeça antes de surgir o interesse concreto?
-Sim. É um clube de referência em Portugal e no mundo, tem fãs em todo o planeta. O que caracteriza o FC Porto - a garra, o esforço e a vontade de ganhar - também me caracteriza a mim. Estou ansioso por poder lutar com o equipamento do FC Porto vestido.
Sente o peso de ter sido a compra mais cara entre clubes portugueses?
-Sinto, é verdade que sinto. Relembro-me disso algumas vezes, mas só me preocupo em fazer o meu trabalho, tenha sido o valor que foi - se foi a mais cara ou não. Do que depender de mim, vai ser chegar aqui, ao centro de treinos ou aos jogos, dar o melhor e representar o clube da melhor maneira. Se me focar só nisso, essas circunstâncias de fora não me atrapalham muito.
Carlos Carvalhal disse que pode ficar, no máximo, um ano no FC Porto. E o David Carmo, quanto tempo pensa ficar?
-O David Carmo tem contrato até 2027 e está única e exclusivamente preocupado em cumpri-lo da melhor maneira. E depois, o futuro, ninguém sabe. Só posso pensar no que controlo.
Que pode prometer aos adeptos a nível individual e coletivo?
-Que vou dar o melhor de mim sempre, dentro e fora de campo, para representar bem o FC Porto. Vão poder sempre contar com vontade, garra e querer, mesmo nos dias em que as coisas não corram bem, a minha postura vai ser sempre igual.
Com que impressões ficou das primeiras semanas de trabalho com Sérgio Conceição?
-Trabalho e querer resumem tudo. É aqui que se constrói um título e vitórias em grandes jogos. Este momento de pré-época e as duas semanas que levo aqui tem sido trabalhar muito a pensar nos objetivos e cumpri-los. E isso passa por entrar em todas as competições e lutar para as ganhar.