O avançado já passou a fase de adaptação ao Sporting e promete subir exponencialmente o seu rendimento.
Paulinho regressa, no sábado, a Braga revigorado. O avançado que marcou 35 golos pelos arsenalistas em época e meia, antes de se transferir para o Sporting em janeiro, arrancou a época em boa forma.
Primeiro ajudou os de Alvalade a conquistarem a Supertaça, depois, na jornada de estreia, com o Vizela, apontou o 3-0, fez uma assistência para Pedro Gonçalves, mostrou-se disponível para todos os momentos do jogo e começou várias jogadas de perigo dos leões.
Depois de uma primeira meia época em que as exibições pelo Sporting ficaram um pouco aquém das expetativas, quer pelo preço envolvido na transferência, quer pela importância que Rúben Amorim deu à contratação, Paulinho parece pronto para subir para outro patamar.
O JOGO foi ver os números dos dois primeiros jogos esta época e comparou-os com os dois primeiros de leão ao peito e o total de partidas pelo Sporting em 2020/21. E percebe-se que o futebolista de 28 anos está muito mais envolvido nas ações coletivas. Nos 14 jogos pelo Sporting em 2020/21, Paulinho fez três golos e duas assistências, na presente já soma um golo e uma assistência, prometendo superar rapidamente esse registo. O crescimento e influência de Paulinho na equipa liderada por Rúben Amorim é notado em dados defensivos, nomeadamente nas recuperações e interceções, mas também ofensivos, com destaque para a média de passes para a frente e para o último terço do terreno. Aliás, é hoje o homem referência para receber, rodar e combinar com os colegas, correspondendo ao que o treinador espera dele, uma vez que sempre sublinhou que Paulinho seria importante para lá dos golos que marca.
Estatísticas que não surpreendem um treinador que bem o conhece e que com ele trabalhou no Gil Vicente. "Está claramente mais entrosado agora. Não é fácil chegar a uma equipa que está numa senda de vitórias. Pode acontecer alguma ansiedade também por não fazer golos imediatamente, porque há muita cobrança aos avançados quando não fazem golos. Estar com a equipa há algum tempo beneficia qualquer jogador e ele denota isso: está mais ativo e vai crescer de forma natural", analisa a O JOGO Nandinho, que orientou Paulinho em 2015/2016 no Gil Vicente, a época de explosão do canhoto.
"Sinceramente, é um jogador que qualquer treinador gosta de ter. Trabalha para a equipa, está sempre pronto a ajudar na recuperação da bola. É bom no último passe, tem uma tomada de decisão excelente e é polivalente. Pode jogar em todo o ataque. Ainda para mais, é humilde e tem bom feitio", caracteriza o técnico, que está atualmente sem clube.