Lateral esquerdo, de 22 anos, e guarda-redes, de 43, foram destaques no Mundial e na despedida falaram desta experiência única
A Seleção Nacional de andebol terminou o seu percurso no Mundial do Egito com um 10.º lugar, o melhor de sempre obtido por Portugal nesta competição.
Na hora de regressar a casa, André Gomes e Humberto Gomes deixaram uma mensagem a todos os jovens que um dia querem chegar ao topo, falando ainda um pouco deles próprios.
"O andebol português e os jogadores portugueses estão a evoluir no mundo da modalidade e isso é bom. Foram muitos anos de treino, falhanços e vitórias", afirmou André Gomes, de 22 anos, eleito pela Federação Internacional de Andebol um dos "jovens a brilhar" no Mundial.
O meia distância falou ainda da mistura entre jogadores mais experientes e a juventude que o selecionador nacional Paulo Jorge Pereira conseguiu levar à formação das Quinas: "Esse é o equilíbrio da equipa. Aprendemos uns com os outros e no balneário tratamo-nos todos ao mesmo nível, há muito respeito."
"Jogar andebol é o que sei fazer melhor. Durante a lesão senti falta de jogar. Hoje olho para o andebol com outros olhos, porque preciso do andebol. Sinto-me bem quando jogo, ajuda-me a pensar, a abrir horizontes e continuar a sonhar", concluiu o lateral esquerdo.
Humberto Gomes, considerado o melhor guarda-redes do Mundial, enquanto Portugal esteve em ação, viveu um dos momentos mais altos da sua carreira, aos 43 anos.
"Felizmente, mais vale tarde do que nunca. Para mim, é um prazer enorme conseguir estar aqui nos eleitos da seleção portuguesa, quanto mais ser considerado o melhor jogador em campo. Foi fantástico e é um dia que nunca mais irei esquecer", referiu o jogador, que deixou uma mensagem aos mais novos: "Amem muito o andebol, porque o andebol é fantástico. Depois, o meu exemplo é que o trabalho compensa. Eu sempre tive o sonho de representar Portugal. Estive alguns anos fora da seleção, mas continuei a trabalhar sempre com o intuito de estar aqui. Não desistam dos vossos sonhos."