Benfica

Dimensão de Pizzi sem seguidores frente ao Shakhtar Donetsk

Pizzi em destaque no Benfica Filipe Amorim / Global Imagens

Os ucranianos do Shakhtar Donetsk eliminaram o Benfica da Liga Europa ao empatarem 3-3 no Estádio da Luz, em jogo da segunda mão dos 16 avos de final, depois de na primeira mão terem vencido por 2-1.

Vlachodimos 5

Sofreu três golos, mas pouco podia fazer em qualquer um deles. Aos 57", mostrou segurança num cabeceamento de Kryvtsov. Bem a sair da baliza aos 89", ganhando a Júnior Moraes.

Tomás Tavares 4

Foi entre o lateral e Rúben Dias que houve espaços para o desenrolar do lance do 3-3. Travou uma batalha árdua com Ismaily, que lhe pôs a cabeça em água, e a nível ofensivo teve vários cruzamentos, mas poucos com a direção certa.

Rúben Dias 6

Deu o mote aos 8", com um desvio que por pouco não deu golo. Infeliz, introduziu a bola na própria baliza (1-1) com Júnior Moraes nas imediações. Líder na defesa, aos 35", impediu o contragolpe de Taison e redimiu-se com o 2-1, lance em que subiu e cabeceou com sucesso. Ficou a protestar falta no 3-2.

Ferro 5

Pese algum nervosismo, o central ainda teve alguns bons cortes. Exemplo disso, a antecipação efetuada aos 55", negando transição perigosa. Divide culpas com Rúben Dias no lance do primeiro golo ucraniano.

Grimaldo 5

Foi o autor do passe para Pizzi no golo inaugural. Sem grande intervenção ofensiva, aos 20", falhou clamorosamente um corte e deixou Ismaily solto para o remate ao poste... Aos 88", bateu livre para defesa de Pyatov, já depois do corte incompleto que deu o 3-3.

Weigl 4

Viu-se pouco do médio recrutado ao Dortmund. Como elemento mais recuado do miolo do terreno, tentou tapar espaços, mas também vacilou nas coberturas. Não teve poder para sair em construção.

Taarabt 6

Ismaily tirou-lhe a possibilidade de marcar, após corte num remate que ia à baliza, aos 7". Com toque de bola acima da média e visão de jogo, o marroquino empurrou a equipa para a frente com passes teleguiados, ainda que nem todos tenham ido parar aos companheiros de equipa. Perdeu intensidade com o avançar do jogo.

Rafa 6

Começou mal e falhou na compensação a Grimaldo no lance que originou o primeiro golo do Shakhtar, mas recompôs-se e aos 35", numa grande arrancada, só lhe faltou melhor capacidade de decisão. A abrir o segundo tempo fez 3-1, com um remate colocado.

Chiquinho 4

Mais próximo de Dyego Sousa, o médio soube pressionar e foi bastante esforçado nas ações, mas pecou pela falta de discernimento em diversas fases.

Dyego Sousa 6

Em estreia absoluta no onze encarnado, sentiu-se que lhe faltam rotinas. Porém, sempre que encontrou espaços não hesitou em rematar à baliza e pertenceu-lhe a recuperação de bola e consequente assistência para Rafa no lance do 3-1.

Seferovic 5

Lançado para mexer com o jogo, ainda apareceu em zona de tiro, mas rematou ao lado pouco depois de ter entrado. De cabeça, podia ter feito melhor.

Carlos Vinícius 5

Teve poucas chances para desequilibrar. Aos 84", na melhor ocasião, quando teve espaço, atirou de cabeça à figura de Pyatov.

Jota 4

Colado sobre o corredor esquerdo, o atacante tentou agitar, mas não foi bem sucedido nas poucas vezes em que teve bola nos pés.

A FIGURA

Pizzi: 7

Andamento europeu pedia outro desfecho

No 50.º jogo europeu, o camisola 21 teve uma entrada fulgurante em campo e apareceu em todo o lado, com recuperações de bola, cruzamentos e lançamentos em profundidade. Animou as hostes com um grande remate, colocadíssimo com efeito, num lance em que progrediu com bola aos 9" e sem quaisquer hipóteses de defesa para Pyatov. À esquerda e à direita, o médio luso, que já havia faturado na Ucrânia, tentou arquitetar lances de ataque, servir os companheiros da frente. Na cobrança de um canto, ainda assistiu Rúben Dias para o então 2-1.

Paulo Nunes Teixeira