Nunca o clube tinha sido eliminado nos 16 avos de final da competição, nem tão pouco se tinha despedido nos "oitavos". Foi o sétimo duelo seguido a sofrer golos na Luz, o que não sucedia há nove anos
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Apesar do clima de sintonia no apoio ao Benfica durante os 90 minutos, após o apito final houve uma divisão entre os adeptos das águias. Do lado da claque No Name Boys ouviram-se recados para os encarnados. "Joguem à Benfica", gritou-se, cântico ao qual se seguiu "Eu amo o Benfica". Quando a equipa cumprimentava o público, houve um misto de aplausos e assobios, estes predominantes, com alguns plásticos brancos exibidos por uma minoria de adeptos direcionados para Bruno Lage à mistura. Posteriormente, voltou a ouvir-se "joguem à Benfica" e um grupo restrito de jogadores permaneceu mais tempo no meio-campo, aplaudindo a claque do topo sul. Foram os casos de Rúben Dias, que terminou com a braçadeira de capitão, Seferovic, Dyego Sousa, Weigl, Grimaldo, Florentino e Nuno Tavares, estes com os coletes de suplentes não utilizados.
O desagrado com o adeus à Liga Europa ainda ditou cânticos voltados para a conquista do título nacional, que cedo se dissiparam. De resto, o empate com o Shakhtar Donetsk valeu a eliminação das provas europeias ainda nos 16 avos de final, situação inédita no historial das águias na competição. Nunca o clube tinha caído nesta fase na prova, nem sequer nos oitavos de final. O afastamento deve-se também ao mau desempenho defensivos: foi a sétima vez seguida que as águias encaixaram golos em casa, naquele que é o pior registo dos últimos nove anos. Desde 2011/12, com Jorge Jesus ao leme, que não acontecia este cenário.