Internacional

Reforço sonante do Chelsea "bebia, fumava e também consumia drogas"

Hakim Ziyech muda-se para Londres no final da época a troco de 40 milhões de euros. AFP

Hakim Ziyech não teve uma adolescência fácil. Contudo, contrariou os vícios e agora é um dos melhores criativos do futebol europeu.

O Chelsea anunciou esta quinta-feira a contratação de Hakim Ziyech. O extremo, que rendeu 40 milhões de euros ao Ajax e que vai permanecer no emblema holandês até ao final da presente temporada, não teve, no entanto uma vida facilitada.

Ao jornal holandês De Volskrant, o jogador de 26 anos contou que perdeu o pai quando tinha apenas 10 anos, o que o levou a deixar os estudos e o futebol.

"Essa doença, a esclerose múltipla, destroçou-o. Cada vez podia fazer menos, não conseguia andar, comer, falar,... E acabou da pior maneira", começou por dizer.

"Lembro-me da noite em que ele morreu. Estava numa cama na sala de estar e eu queria ficar com ele. Adormeci na beira da cama, mas por volta da meia-noite acordei e fui para o meu quarto. Umas horas mais tarde, por volta das três, ouvi a minha família a chorar. O meu pai tinha morrido. Eu tinha 10 anos. Não voltei à escola, o futebol também deixou de me interessar. Deixei-me ir por completo, deixei tudo", contou Hakim Ziyech.

Foi, no entanto, Aziz Doufikar, primeiro marroquino a jogar na Holanda, a ajudar Hakim Ziyech a entrar novamente nos eixos: "Depois da morte do pai o Hakim saiu completamento dos eixos. Bebia, fumava e também consumia drogas. Ajudei-o o melhor que pude para o tirar desse caminho. Eu era o mentor dele, o pai e treinador. Vi que tinha medo de se mostrar em campo. Deixei-o jogar vários torneios e vi-o crescer. Com um pouco de sorte, funcionou. O Hakim floresceu por completo", recordou Doufikar.

Recorde-se que Ziyech foi uma das principais figuras do Ajax na espantosa campanha da Liga dos Campeões 2018/19, em que a equipa orientada por Erik Ten Hag atingiu as meias-finais. Em 2019/20, leva oito golos marcados em 30 partidas disputadas.

Redação