Samu, avançado espanhol do FC Porto, é o protagonista da edição de outubro da Revista Dragões
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Início de temporada está à altura do sonho? "Sim, sempre sonhei em jogar num dos melhores clubes do mundo e sentir-me importante, como me estou a sentir aqui, no FC Porto. A verdade é que estou muito feliz, sinto-me como se estivesse em casa e só tenho palavras de agradecimento para os adeptos, para os meus colegas de equipa, para as pessoas que trabalham no clube e, sobretudo, para o presidente, por ter confiado em mim como ninguém fez. Já lhe disse que ele fez tudo para que eu pudesse vestir esta camisola, estou muito feliz pela forma como tudo está a correr e quero continuar a dar muitas alegrias aos adeptos."
Possibilidade de superar 18 golos marcados com a camisola do Granada B: "Um jogador ambicioso tem que ter sempre na sua cabeça o objetivo de ser melhor a cada dia que passa, de querer superar as marcas que conseguiu em épocas anteriores e eu creio que estou no bom caminho. Com a ajuda dos meus colegas, oxalá consiga bons números, mas o mais importante é que possamos lutar por títulos e, sobretudo, que os possamos conquistar."
Aspetos a melhorar: "Ainda sou um rapaz muito jovem e há bastantes aspetos que me faltam melhorar, sobretudo a combinar com os meus colegas de equipa, mas creio que aos poucos estou a melhorar nesse capítulo, a proteger a bola e em muitos mais aspetos. Tento sempre evoluir em cada treino para ser um futebolista melhor."
Visualização de vídeos para melhorar: "Depois de cada jogo procuro revê-lo para perceber aquilo em que falhei e sobretudo para tentar melhorar nesse aspeto dia após dia. No clube há analistas magníficos que te ajudam sempre a melhorar. Não podemos conformar-nos com aquilo que fizemos no jogo, devemos procurar melhorar sempre."
André Villas-Boas disse que o objetivo da contratação era compensar a perda de golos pelas saídas de Taremi e Evanilson: "Não tenho que me guiar pelo que fizeram outros jogadores. Tento sempre ser eu mesmo e dar o melhor de mim, porque sei que ao dar o melhor de mim a confiança vai voltar com aquilo que estou a fazer dentro do campo. A verdade é que estou muito feliz com o que estou a fazer e de certeza que esta temporada será uma temporada de muitos êxitos e eu espero poder ajudar."
Como foi possível manter a transferência em segredo? "Foi feito um bom trabalho de todas as partes e há que agradecer a todos os envolvidos para que tudo saísse bem, nomeadamente ao Atlético, que tornou possível a transferência. Toda a operação correu muito bem e eu estou muito contente pela forma como tudo decorreu."
Papel da mãe: "A minha mãe é um pilar importante para mim e sempre tenta ajudar-me, aconselhar-me e tomar a melhor decisão. Se o FC Porto optou por mim, eu tenho que dar o melhor de mim para devolver a confiança."
É por isso a homenagem adotando o apelido Aghehowa ou por muito mais? "Por muitas coisas mais. Tudo o que fez por mim não tem preço e eu quero homenageá-la usando o apelido dela, quero que me conheçam pelo apelido dela. As pessoas conhecem-me pelo outro, mas quero que me conheçam por Aghehowa."
Rezar antes dos jogos: "Fui criado num ambiente muito religioso e em casa somos todos muito crentes. Dou sempre graças a Deus por tudo o que Ele meu deu, não só agora, mas em toda a minha vida e estou sempre agradecido a Deus por tudo o que faz. Rezo sempre antes e depois dos jogos, antes de cada treino e agradeço-Lhe por me proteger. Estou muito agradecido à minha mãe por me ter incutido a religião."
Foi decisiva a insistência do Villas-Boas, que disse que não deixava Madrid sem a contratação fechada? "Foi um plano muito importante para me decidir. Um presidente de um clube ir aonde tu estás para te contratar e dizer que não se vai embora sem te contratar é tudo o que um jogador precisa de ouvir. Ficarei eternamente agradecido pelo esforço que fez, a ele e à direção desportiva do clube."