"Rúben Amorim? Tem de haver uma reviravolta muito rapidamente, estou preocupado"
Crise de resultados do Manchester United deixa Gary Neville preocupado. Rúben Amorim tem de conseguir vitórias rapidamente, diz
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O Manchester United perdeu no dérbi com o Manchester City, por 3-0, e Gary Neville, figura dos red devils, está preocupado com o futuro do clube e de Rúben Amorim à frente da equipa.
"O Manchester United está em 14.º, temos apenas quatro jogos. Não podemos entrar em outubro com o Manchester Utd em 14.º ou 15.º na liga, caso contrário, o treinador estará em apuros. Eles têm de começar a ganhar rapidamente. Na próxima semana, se perderem [contra o Chelsea], irão para o 15.º ou 16.º. São cinco jogos e, antes que te apercebas, estás em outubro e estás na metade inferior da tabela. E é aí que eles não podem estar, depois de gastarem £ 200 milhões [€231,4 M] e de lhe [a Rúben Amorim] terem dado uma pré-época. Tem de haver uma reviravolta muito rapidamente, e a ideia do treinador tem que chegar muito rapidamente aos jogadores. Estou preocupado com o treinador, estou preocupado com o que vai acontecer nas próximas semanas. Não acho que seja um momento para pânico, mas já vi isto antes, já vimos este filme", referiu o internacional inglês no comentário televisivo da Sky Sports.
Haaland e Doku arrasam Amorim
O Manchester United teima em não conseguir corresponder ao forte investimento feito no último defeso em contratações (251 milhões de euros). Desta vez, no dérbi diante do City, de Pep Guardiola, a equipa de Rúben Amorim saiu mesmo seriamente amachucada, com uma derrota por 3-0 em que deixou a nu as gritantes dificuldades na construção de jogadas de golo e, ao mesmo tempo, as lacunas defensivas que permitiram a Erling Haaland fazer miséria nas imediações da baliza à guarda de Altay Bayindir (o contratado Senne Lammens não saiu do banco).
O primeiro desequilíbrio criado por uma individualidade resultou em golo. Para o City, claro. Doku começou no flanco esquerdo como habitualmente e, da primeira vez em que saiu do seu habitat natural, entrou na área em slalom pela direita, perante incrédulos (e estáticos) opositores, que o deixaram cruzar atrasado para Foden responder de cabeça, sem oposição, no meio de quatro defesas dos red devils.
O único remate numa fraca primeira parte do United surgiu aos 4 minutos (por Sesko, sem perigo), mas a equipa entrou melhor na segunda, com dinamismo e aparente vontade em lutar pelo resultado. Puxou a manta para um lado, é verdade, mas deixou o outro destapado, aproveitando o City para matar o jogo com dois golos em 15 minutos, da autoria de Haaland. No primeiro (53’), o norueguês desmarcou-se a passe de Doku, atirando à saída de Altay; no segundo (68’), correu sozinho desde a linha de meio-campo (lançado por Bernardo Silva após passe errado de Maguire) e não acusou a pressão na hora da finalização. Quem continua a acusar a pressão é mesmo o Manchester United, que na próxima ronda tem novo teste bastante difícil, frente ao Chelsea.