JOGO FINAL - Uma opinião de Jorge Maia
Rúben Amorim tem razão quando avisa que o jogo de hoje não tem nada a ver com o duelo com o Arsenal.
O Sporting tem pela frente mais um gigante, mas o contexto em que se move a Juventus é diferente do que rodeava o Arsenal: para os italianos, tal como para os leões, a Liga Europa pode salvar a época.
Para a Juventus, por exemplo, a Liga Europa parece ser o caminho mais curto para assegurar uma vaga na próxima edição da Liga dos Campeões. Depois de ter perdido 15 pontos na secretaria, a Vecchia Signora está a oito do Milan que ocupa o quarto lugar na Serie A - o último dos que dão acesso à prova milionária - e aposta quase tudo o que tem na frente europeia, o que, desde logo, é uma diferença considerável para o que acontecia com os gunners, completamente investidos na recuperação do título inglês 19 anos depois.
De resto, o sonoro aviso que o Sporting deixou aos adversários depois de bater o líder da Premier League não terá passado despercebido em Itália, o que também muda o contexto em que o jogo será disputado: este Golias já conhece todo o potencial dos leões para tombar gigantes com relativo estrondo.
Junte-se a isso a recuperação de vários dos principais jogadores da Juve - Allegri confirmou ontem que Vlahovic foi dado como apto e pode ir a jogo - e a consequente subida de rendimento em relação ao início da temporada e, desde logo, à fase de grupos da Champions onde a equipa italiana foi batida duas vezes pelo Benfica, e percebe-se a dimensão do desafio que se coloca aos leões.
Claro que a grandeza do desafio é sempre diretamente proporcional ao tamanho da oportunidade. Para a agarrar, o Sporting precisa de começar por sair vivo de Turim e trazer a decisão para Alvalade, onde poderá contar com Ugarte, talvez com Paulinho e, de certeza, com o 12.º jogador do seu lado para voltar a fazer história.

