O BCP fez um desconto de 69 milhões de euros ao Sporting na compra dos VMOC e diz que foi para "minimizar perdas". Uns cómicos.
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1 Há dias, no rescaldo da reeleição como presidente do Sporting, desafiado pelos jornalistas a escolher a melhor medida de gestão tomada durante o último mandato, Frederico Varandas não teve dúvidas em apontar para a recuperação da maioria do capital da SAD.
Para um presidente que contratou Rúben Amorim, o treinador que devolveu o clube aos títulos e, basicamente, lhe garantiu a reeleição, a escolha da recompra dos VMOC como melhor ato de gestão não deixou de ser um pouco surpreendente.
Ontem, contudo, fez-se luz. O BCP vendeu os VMOC ao Sporting com um desconto de 83,2%. Por outras palavras, os leões pagaram 14 milhões de euros por um conjunto de VMOC com o valor nominal de 83 milhões de euros. Uma "atençãozinha" de 69 milhões de euros que o BCP justifica com a necessidade de "minimizar perdas". Imagine-se que desconto fariam se não tivessem a preocupação de "minimizar perdas", pressionados como claramente estão pelo facto de serem um banco intervencionado que, supõe-se, tem de prestar contas ao Estado. Seja como for, fica agora claro que, de facto, a compra dos VMOC foi mesmo o melhor ato de gestão de Frederico Varandas durante o primeiro mandato. Aliás, vai ser muito difícil fazer melhor no segundo.
2 O Benfica também minimizou as perdas, ao arrancar um empate frente ao Vizela depois de quase hora e meia a jogar com menos um. A reação dos encarnados, especialmente intensa depois de se verem em desvantagem no marcador, chegou a ameaçar a reviravolta, mas a inspiração de Pedro Silva segurou a igualdade até ao fim. Resta saber que impacto terá o jogo de ontem em termos físicos e anímicos no plantel encarnado para o duelo da Champions com o Ajax.

