A favor da maré
Mesmo quando correm mal, as coisas acabam por sair bem ao Benfica
1 As coisas continuam a correr bem ao Benfica, mesmo quando correm mal. Por um lado, os encarnados estiveram longe de fazer uma boa primeira parte no jogo de ontem, acusando o esforço para lidar com a falta de espaço que o Dínamo concedeu pelo meio, mas por outro marcaram na sequência de uma grande penalidade tão desnecessária como clara instantes antes de recolherem ao balneário. Por um lado, Ederson deixou-se cair na armadilha lançada por Derlis González cometendo uma grande penalidade ingénua, mas por outro percebeu a intenção de Júnior Moreas logo a seguir e defendeu o penálti, transformando uma decisão comprometedora num momento de redenção. Por um lado, o Benfica esteve longe de confirmar o crescimento que a exibição frente ao Paços de Ferreira fazia adivinhar, mas por outro aproveitou o empate entre Besiktas e Nápoles para apanhar os italianos na liderança do Grupo B sem ser forçado a um investimento físico que pudesse comprometer a deslocação ao Dragão. O Benfica de Rui Vitória é assim, uma espécie de Lei de Murphy virada do avesso, em que tudo o que pode correr mal, corre lindamente. De tal maneira que ainda vamos todos acabar a concluir que a até a assustadora lesão de Fejsa, que ameaça a presença do sérvio no clássico, foi apenas mais um desses grandes males que vêm por bem.
2 O Benfica fez a parte que lhe competia ao vencer o Dínamo de Kiev e até o Atlético de Madrid deu uma ajuda ao bater o Rostov. Os russos já estão fora da próxima fase da Champions e vão discutir a Liga Europa com o PSV enquanto o CSKA de Moscovo também está numa posição complicada no Grupo E. Duas vitórias, de FC Porto e Sporting, hoje seriam um passo importante para alimentar a hipótese de ultrapassagem da Rússia no ranking da UEFA.