O Benfica, a espaços, deixou de se ver frente ao Lyon
FORA DA CAIXA: A crónica de Joel Neto
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ENTRE AS CORTINAS
Onde estava aquele Benfica?
Nem foi tanto a vitória há muito esperada, e seguramente também não a ultrapassagem de Portugal à Rússia no ranking da UEFA. Questão de tempo, ambas: o Benfica acabaria sempre por voltar a vencer na Liga dos Campeões e as vantagens do sexto lugar de Portugal na corrida às vagas europeias só valerá até à chegada da nova Champions.
Na verdade, o que saltou à vista foi o Benfica que, a espaços irregulares mas concretos, se deixou ver ontem na Luz. Há quanto tempo não se manifestava? Já o víramos este ano?
Pois, mesmo que possa não chegar para compensar os danos causados pelas derrotas com o Leipzig e o Zenit, tenho esperança de que chegue ao menos como contributo para uma liga portuguesa com - apesar de tudo - mais futebol do que zaragata. Tem a palavra agora o FC Porto.
SÓ MAIS UM ESFORÇO
... até que comece a morrer gente
A FIFA deve aprovar hoje os princípios de um novo Super Mundial de Clubes (sic). Escolhe um belo momento. Vão as principais equipas europeias a meio de séries verdadeiramente avassaladoras de jogos de exigência máxima - os chamados ciclos infernais, no fundo - e nasce mais uma Liga dos Campeões, agora num âmbito geográfico maior ainda.
Bem podem os treinadores queixar-se de que "estão a matar o futebol", para parafrasear apenas um dos protestos ouvidos nas últimas semanas: a prova avança em 2022. Até já há quatro equipas europeias com os requisitos preenchidos. Mas nenhuma delas é o Barcelona, e portanto muita água correrá ainda debaixo das pontes até que os requisitos se adequem às necessidades do negócio.