Uribe é uma espécie de pilar amovível
JOGO FINAL - Uma opinião de João Araújo
1 - Uribe é daqueles jogadores que gostaria de ter na minha equipa, se fosse futebolista e quisesse ter garantias de que quando fosse para o ataque as costas estavam cobertas. Mas também a certeza de que ali estaria sempre um destinatário da saída de bola e de uma fuga eficaz à primeira linha da pressão adversária; ou alguém capaz de chegar à área contrária para ganhar segundas bolas e até finalizar com sucesso.
Uribe é tudo isto e, pelos anos de casa que já tem, os do novo contrato e o caráter, um sério candidato a receber o testemunho da mística portista. Em resumo, o colombiano é um pilar nas diversas aceções da palavra. Não está isento de falhas, naturalmente, ou aos 31 anos estaria em ligas de maior projeção e poder financeiro. Mas nestes momento e tempo, o colombiano é um instrumento indispensável para Sérgio Conceição, até pelas alternativas táticas que proporciona e como já se viu nesta pré-época dos azuis e brancos: com ele, facilmente se passa de um meio-campo a dois para outro a três com Uribe a pivô defensivo.
2 - Aos 22 anos, Trincão está no quarto clube diferente em outras tantas temporadas e se excluirmos o primeiro destes, o Braga que o formou e vendeu, já sente a necessidade de provar algo. A ansiedade pode ter sido responsável pela exibição "ao lado" na apresentação do Sporting aos sócios, anteontem, mas se olharmos à capacidade do treinador para lidar com feitios e situações particulares, dir-se-á estar nas mãos certas.
Da lista dos desafios de adaptação de Amorim constam, por exemplo, Pote ou Edwards (a quem deu a camisola 10!). Segue-se Trincão. O que não lhe faz falta é mesmo um desafio-Ronaldo...