Um mau ensaio pode ser uma boa lição

JOGO FINAL - Uma opinião de João Araújo

1 - Pode ter sido o palco - afinal, tratava-se do regresso a Alvalade - ou aquele friozinho na barriga que faz questão de aparecer e garantir que algo corre mal num ensaio geral. Mais até do que nas estreias! Mas o facto é que o de ontem do Sporting forneceu bastantes notas para o bloco de Amorim, que certamente irá trabalhá-las ao longo de uma semana cujo epílogo será a partida com o Wolverhampton - que por ser no Algarve não terá o caráter "semioficial" nem a carga emotiva do Troféu Cinco Violinos.

Foi o próprio treinador do Sporting, no final da partida, a sublinhar ser uma "bênção" ver debilidades expostas ainda na pré-época. A forma como os jogadores Sevilha tiveram tempo e espaço para mostrar a sua qualidade enquanto avançavam em combinações, ora de jogo interior, ora exterior, rumo a Adán, é um dos aspetos a rever, tal como fechar a baliza (foi o quinto jogo seguido a sofrer golos). Este foi um "cheirinho" do nível de dificuldade que os leões vão encontrar na Champions, mas não só: antes, no campeonato, têm marcadas deslocações a Braga e ao Dragão à primeira e terceira jornadas.

2- Pichardo saltou para o ouro nos Mundiais de atletismo, juntando-o ao título olímpico. A técnica de salto e a forma como parece pairar no ar entre as três passadas finais impressionam, tal como a determinação de um atleta que tem os 18 metros, primeiro, e o recorde mundial do triplo, depois, como metas assumidas. É um exemplo a vários níveis. Como por exemplo a gratidão pelo país que escolheu representar e a paciência com que continua a responder às perguntas sobre o Hino português...