Os Silvas já têm o primeiro Puskas

Os Silvas já têm o primeiro Puskas

São Silvas de nome e porque a equipa tem um caráter portuguêsmente "low cost". A primeira barreira da temporada está, no entanto, ultrapassada. Mérito aos vitorianos.

1 Os quatro Silvas com que o Vitória alinhou ontem de início na Hungria (Dani, Tiago, Jota e André) dão o mote para qualificar - e com alguma propriedade - o conjunto às ordens de Moreno: chamar-lhe a equipa dos Silvas sublinha não só a coincidência de ter tantos jogadores com o mesmo apelido e logo um tão tipicamente português (haverá outro assim?) mas sobretudo o caráter "low cost" do plantel, que nem por isso deixou de mostrar espírito empreendedor e de luta (ou talvez por isso?). Dizer que isto é mais uma característica dos Silvas será massajar o ego lusitano de cada um de nós sendo certo que os autores da proeza bem podem gozar de uns dias nas nuvens. O primeiro grande objetivo está cumprido, depois de um começo de temporada atribulado, e como se diz em futebolês é sempre melhor trabalhar sobre vitórias. Não há que inventar.

2 No grande sucesso de bilheteira do defeso, a novela-Ronaldo, estamos na parte em que o protagonista chega à encruzilhada onde se decidirá o seu futuro. O maior goleador da história do futebol não precisará, provavelmente, de vender a alma ao diabo para (continuar a) ter sucesso, mas, no cruzamento de caminhos em que se encontra, a única coisa certa é não haver marcha-atrás. CR7 jogou as fichas todas numa saída do Manchester United, ficou praticamente sem opções e até a permanência nos "red devils" parecerá um prémio de consolação. Sporting? Qual "all-in" no póquer, um regresso a Portugal e ao clube do coração terá sempre o risco de... não resultar. Mas se essa for a vontade do jogador, o clube poderá recusar? As incógnitas adensam-se...