O espaço como meio para o sucesso

O espaço como meio para o sucesso

Atenção ao posicionamento tático, transições e contra-ataques foi a receita de Roger Schmidt para a receção ao Arouca, que viu na terça-feira que as águias se deixam capturar em contrapé.

1 O espaço é um bem cada vez mais escasso para a Humanidade e o problema agrava-se num retângulo de 105x68 metros, as medidas do relvado da Luz, que será ocupado por 20 jogadores de campo e ainda dois guarda-redes.

O espaço, precisamente, foi tema nas conferências de imprensa dos treinadores que vão defrontar-se na abertura da I Liga, Roger Schmidt e Armando Evangelista, porque na forma como as respetivas equipas o irão aproveitar estará uma das chaves da partida. Na receção dos encarnados ao Midtjylland percebeu-se onde as águias podem ser feridas. Não admira que Schmidt, que devolveu ao Benfica a ânsia de procurar fazer muitos golos a lembrar a vertigem do primeiro ano de Jesus, tenha revelado que em todos os treinos fala da necessidade de controlar os espaços atrás da defesa. Dir-se-ia que os espaços à frente dela (e atrás dos médios) não são menos importantes e isso viu-se na forma como os dinamarqueses, terça-feira, tantas vezes tiveram espaço de progressão, falhando depois na definição e finalização.

Evangelista terá tirado boas notas, pois garantiu ter bem identificada a forma de jogar do Benfica e como dela tirar partido. Em teoria, claro, porque isto de conquistar o espaço não é para qualquer um...

2 A Volta está na estrada e isso seria um alívio para o ciclismo se não persistisse o fantasma de eventuais novas visitas da PJ. No Tour, desde o caso Festina, em 1998, que escândalos e investigações têm sido quase instrumentos de marketing e promoção da prova. O que está a acontecer por cá é apenas triste. E péssima publicidade.