Alcochete um ano depois
Sporting anunciou uma contratação e o resgate possível de uma transferência que deveria ter sido milionária
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Cumprido um ano desde o assalto à academia do Sporting, continua a ser difícil entender como pode uma barbaridade daquelas ter acontecido. Os leões assinalam a data anunciando um negócio que, por via desses acontecimentos monstruosos, passou de ruinoso a bom. Um ano e um dia antes desta data, abrir mão de Gelson Martins por menos de 50 ou 60 milhões de euros teria sido uma péssima decisão administrativa. Depois do ocorrido em Alcochete, tendo o jogador invocado justa causa para rescindir o contrato que o ligava a Alvalade, o melhor a fazer era mesmo não correr o risco de deixar um tribunal decidir o lado certo da razão. Encaixar 15 milhões de euros e receber Vietto é uma boa saída, contada assim, na linguagem do futebol, quaisquer que sejam os contornos legais dos acordos.
Numa altura em que os advogados dos arguidos do ataque à academia tentam torpedear o processo, a oficialização do negócio neste dia é também uma forma de o Sporting provar ao mundo que seguiu em frente, que o passado foi lá atrás e nasce de novo o dia, como cantam os Xutos & Pontapés.
Dois títulos europeus - futsal e hóquei em patins - aconchegam a recuperação, afagam os sócios e ajudarão a apelar ao voto quando for tempo de assembleias gerais e expulsões.
As claques? Serão excelentes quando perceberem que são grupos de animadores de espetáculos e não pequenos exércitos com agenda própria ou ao serviço de gente sem escrúpulos.
