Médio fez uma época estrondosa no PSG e todos parecem rendidos ao seu talento, mas na equação para melhor do Mundo estão “apenas” Salah, Yamal, Raphinha, Dembélé ou Mbappé.
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O Paris Saint-Germain deslumbrou com o seu futebol assente na força coletiva e sem nomes extraordinários a concentrarem todos os holofotes. Luis Enrique construiu uma equipa que fez da humildade e da vontade de fazer história uma das mais poderosas armas para derrotar adversários na Liga francesa e na Champions e terminou a época com a conquista das duas mais importantes competições em que esteve envolvido.
Claro que há sempre quem mais se destaque no relvado e num plantel elaborado por um diretor desportivo português – mal-amado no seu país mas um colecionador de títulos importantes no estrangeiro, como Luís Campos – deve ser realçado, por ser da mais elementar justiça, o contributo dos quatro portugueses que brilharam no Parque dos Príncipes. João Neves fez 52 jogos, Nuno Mendes atingiu os 46 e Gonçalo Ramos, embora muitas vezes saído do banco, superou os 40, mas quem mais espantou a Europa foi Vitinha, o baixinho formado no Olival e que alguns observadores, como Thierry Henry, apontam como candidato a ganhar a Bola de Ouro deste ano.
Rúben Dias, companheiro de Seleção, também alinha nessa ideia, mas numa análise objetiva muito dificilmente o mais alto galardão individual do Mundo poderá parar nas mãos do internacional português. A época foi estrondosa, Vitinha carregou a equipa e foi o senhor dos passes mágicos no PSG, mas a concorrência tem alguns nomes que complicam as aspirações, como Salah, Yamal, Raphinha, Dembélé ou Mbappé. Há ainda muita bola para chutar até à decisão e em tanto talento têm de caber todos os sonhos.