Venha, então, esse campeonato

1 - O campeão impôs-se e conquistou a Supertaça. Rúben Amorim continua em alta e o Braga continua a não conseguir morder calcanhares àquele que é o seu rival mais... particular: andou anos a morder-lhe os calcanhares em termos classificativos, até com várias épocas terminadas à frente dos leões, mas é o seu melhor cliente: mais de 50 milhões de euros que o Sporting deixou no emblema do Minho desde o início do século, contra três em sentido contrário.

Que é como quem diz: enche os cofres da SAD do Braga e depaupera os elegantes onzes arsenalistas que fomos conhecendo desde então. Com esta quinta vitória em finais contra o Braga, o Sporting ganha mais peito para a nova temporada. Por seu lado, os minhotos mantêm futebol (jogadores e estrutura) que cheguem para melhores andanças.

Parece é que precisam de convencer os seus adeptos a "melhor" presença, que isto de devolver mais de metade dos bilhetes a que tinham direito quando as bancadas se abrem finalmente ao público tem algo que se lhe diga. E nem o período de férias e a pandemia o explicam.

2 - O FC Porto, a oito dias de iniciar o campeonato, somou outro resultado positivo na sua preparação, desta vez frente aos franceses do Lyon. Conta o que conta, mas não perdeu nenhum ensaio.

Conceição fez alinhar, de início, uma série de chamadas segundas linhas - especulativo dizê-lo assim em início de temporada, admito - e só mais tarde as estrelas. Todos contribuíram para a chuva de golos (5-3).

Acreditando que as opções do segundo tempo serão as que se perfilam como titulares, fica-se com a ideia de que os dragões estão claramente a jogar para várias temporadas, equacionando nisso os seis campeões da Youth League - João Mário, Vitinha, Fábio Vieira, Diogo Costa, Diogo Leite e Romário Baró - reforçados com Francisco Conceição, que carregará o peso da camisola 10 com apenas 18 anos. Isso e uma certa criatividade que o treinador andará a cozinhar.