A JOGAR FORA - Um artigo de opinião de Jaime Cancella de Abreu.
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1 O árbitro que assinalou, sem hesitação, um penálti fantasma a Florentino quando o resultado com o Estrela da Amadora se encontrava empatado a zero na segunda parte, de seu nome Gustavo Correia, foi o mesmo que, enquanto VAR, não descortinou qualquer razão para que Eustáquio visse vermelho por uma entrada exatamente igual à que Musa protagonizou no Bessa, com as consequências que se conhecem.
Já Fábio Veríssimo conseguiu não ver nas duas entradas de Eustáquio (aos 3 e 7 minutos de jogo) razão, ao menos, para um amarelo em cada uma delas.
2 Ainda em Vila do Conde, Fábio Veríssimo assinalou penálti num lance em que é impossível ter enxergado alguma falta. Depois, para surpresa de ninguém, não houve uma única imagem das 15 câmaras à disposição do VAR que confirmasse a bondade da sua decisão. Das duas uma: ou o estádio não tem condições e as imagens não existem, o que é uma inadmissível VARgonha, ou as imagens existem e foram-nos maldosamente sonegadas, o que é uma VARgonha ainda maior. Uma coisa tenho por certa: se existissem imagens que confirmassem o veredicto de Veríssimo, há muito que estavam cá fora.
3 Não gosto de formar juízos de valor sobre contratações de jogadores sem lhes dar tempo para que mostrem o que valem. Mais à frente no tempo saberemos se este Benfica está mais forte ou mais fraco do que o que se sagrou campeão e do qual saíram três titulares indiscutíveis: Vlachodimos (o jogador mais utilizado em 2022/23), Grimaldo (2.º mais utilizado) e Gonçalo Ramos (8.º). Mas posso, não obstante, abrir uma exceção para dizer o quanto gosto de ver Di María de "Manto Sagrado" vestido, não posso?
4 Em boa hora decidi ver o confronto com o Vitória de Guimarães na casa do Benfica de Olhão. O jogo não teve grande história, muito especialmente a partir do momento da mais do que justa expulsão de João Mendes (20 minutos). Com onze contra dez, tal foi a nossa superioridade, a dúvida era saber por quantos o Benfica ia ganhar a uma equipa que se apresentou na Luz com o pleno de vitórias na Liga e um novo treinador (logo com ideias de jogo ainda desconhecidas). Da grande noite de fervor benfiquista na casa de Olhão, gostaria de deixar um especial agradecimento aos enormes Eduardo Palminha, Mário Saraiva e Prado Horta. É experiência única ver o Glorioso numa das suas casas! Vão por mim e experimentem.
5 De um lado, é o selecionador que convoca jogadores sem minutos nos seus clubes, dando azo a especulações de que o critério de escolha é o agente que os representa; do outro, é um ex-jogador (a quem não se conhecem ações, ou, sequer, preocupações com o estado a que chegou o nosso futebol) que aparece a disponibilizar-se para concorrer à presidência da FPF, dando azo a especulações de que se trata de uma candidatura cujo objetivo principal - ou único - é manter o atual poder federativo e com isso impedir a triunfal caminhada de Proença rumo à sua cadeira de sonho.