O silêncio das entidades responsáveis pelo futebol, perante situações de flagrante desrespeito para com as regras, torna-as cúmplices
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A última jornada da I Liga ficou marcada por decisões incompreensíveis do VAR. O futebol é um desporto intenso, de combate, de confronto, pelo que as regras assumem especial importância. Só o cumprimento das regras permite que o futebol se cumpra no seu propósito, que o engenho prevaleça sobre a malandrice, que a arte e a destreza se sobreponham à manha, que o esforço seja mais poderoso que a matreirice.
Foi para impor o império da Lei desportiva que se desenvolveram tecnologias e métodos sofisticados de análise dos lances que se desenrolam em campo. Nem sempre é fácil, mesmo com recurso à tecnologia mais avançada, decidir sem controvérsia. Temos, como grande exemplo, as posições “cirúrgicas” de fora-de-jogo, quando a diferença entre jogadores é de 4 ou 5 cm. Basta optar pelo frame anterior, ou posterior, para a conclusão ser diferente, mas estas são contingências da própria tecnologia. Coisa diferente é quando uma agressão é vista por todos, menos pelo VAR.