Villas-Boas contactou os agentes de Alan Varela para a renovação de contrato que, a confirmar-se, será outro ato de boa gestão. Mas há palavras valiosas, como as que Amorim dirigiu aos jogadores, ontem
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É costume dizer-se que os atos valem mais do que as palavras e embora isso possa parecer uma contradição para quem vive destas últimas, como jornais e jornalistas, a verdade é que se os atos não tivessem valor não seriam traduzidos para a escrita. Serve esta introdução pseudo-filosófica para valorizar um ato, atitude ou gesto que tudo indica irá passar a palavras, no papel, que é a renovação de Alan Varela pelo FC Porto. Aqui não se trata de evitar “deserções” a custo zero como as vistas nos portistas nos últimos anos (de Brahimi a Marega, passando por Aboubakar, Uribe ou Herrera), mas antes proteger os interesses da sociedade azul e branca numa futura negociação com um “tubarão” europeu.
O termo do acordo - a confirmar-se a vontade de ambas as partes - manter-se-á em 2028, mas vão subir as condições salariais do argentino e a cláusula de rescisão, afinal, uma espécie de etiqueta que hoje os clubes colocam nos artigos, perdão, ativos que põem na montra. André Villas-Boas dá mais um sinal de boa gestão, consciente que o médio é um jogador muito apetecível no mercado europeu: é um condensado de poder físico, técnica e visão de jogo, além de indispensável nesta equipa, como se viu na Noruega.