Uma opinião de Tomaz Andrade
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Num mundo cada vez mais louco, em que se pode jantar ou conviver com a mãe de Lamine Yamal num hotel em Londres por preços entre 150 e 800 euros, ou no qual se marcam clássicos para as 21h15 de um domingo, ou ainda num em que mais de 60 mil pessoas perdem tempo a assinar uma petição para que Mariana Mortágua tivesse ficado em Israel, o campeonato português não teve grandes novidades na realização da oitava jornada.
A ronda podia resultar em alterações significativas no topo, se o FC Porto tivesse ganho ao Benfica no Dragão, alargando a distância, mas o empate deixou tudo na mesma, também porque em Alvalade o Sporting "permitiu" que o Braga empatasse perto do fim - finalmente, um bom resultado dos arsenalistas na prova.
Numa jornada em que houve golos em todos os jogos, menos naquele em que mais olhos estavam concentrados, o Gil Vicente foi o grande vencedor, ultrapassando o Moreirense e aproximando-se dos encarnados, para lá de ter colocado Pablo, com um bis, a lutar pelo título de melhor marcador, tal como Chucho Ramírez, do Nacional, autor de outro bis, também de penálti, como o luso-brasileiro. O facto de ter havido três reviravoltas (Nacional, Alverca e Vitória) também merece um parêntesis, assinalando-se, por outro lado, o ponto final do Rio Ave no jejum de vitórias, batendo o Tondela sem piedade.

