Gerir também é dar minutos aos jogadores que podem ser solução mais adiante, garantindo que, como costuma dizer Roberto Martínez, “todos estão preparados” para enfrentar a fase de eliminatórias e os problemas que vai colocar
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Portugal ganhou muito mais do que um jogo ontem. Ganhou, desde logo, tempo, ao assegurar desde já o primeiro lugar do Grupo F, o que significa que na partida com a Geórgia, que encerra esta fase do Europeu, Roberto Martínez pode gerir a equipa para o que vem a seguir. E gerir não é apenas poupar, o que levaria a pensar imediatamente em jogadores como Pepe ou Ronaldo, os mais veteranos da Seleção.
Gerir também é dar minutos aos jogadores que podem ser solução mais adiante, garantindo que, como costuma dizer Roberto Martínez, “todos estão preparados” para enfrentar a fase de eliminatórias e os problemas que vai colocar. Ganhou, ainda, convicções, que podiam ter sido abaladas pela entrada sofrida frente à Chéquia. Roberto Martínez largou o tubo de ensaio, voltou ao 4-3-3 e o jogo provou que é esse o sistema que melhor serve o inegável talento que tem à disposição. Ontem, toda a gente estava no lugar certo, a começar por Diogo Costa que, apesar do domínio claro que Portugal exerceu, ainda foi decisivo para evitar um golo que podia ter relançado a Turquia na discussão pelo resultado. Depois os centrais, imperiais ambos, com o destaque inevitável para Pepe que continua a desmentir os 41 anos que dizem ter. Cancelo e Nuno Mendes, os dois laterais, tão comprometidos a defender como fulminantes a atacar, especialmente o primeiro, devidamente recompensado com aquele autogolo que saiu de um dos poucos passes que falhou.