Tanto como saber quem vai presidir ao FC Porto nos próximos anos, importa que a eleição seja um exercício de liberdade incondicional
Corpo do artigo
1 Os portistas vão hoje às urnas para decidir quem será o presidente do clube nos próximos quatro anos, naquela que promete ser uma eleição histórica, desde logo pela afluência recorde que é esperada, ela própria reflexo de uma campanha que assumiu uma dimensão inédita no historial do clube. Sendo certo que, em demasiados momentos, a retórica acabou por se concentrar mais em ataques pessoais do que na discussão das propostas de cada candidato para o ciclo que se segue, houve tempo para os sócios do FC Porto formarem a respetiva opinião sobre o que separa as diversas listas e o que querem para os próximos anos. Não menosprezando o contributo de Nuno Lobo para a discussão, a eleição será disputada entre Pinto da Costa e André Villas-Boas ou entre a continuidade, mesmo que renovada, e a mudança, mesmo que inspirada no passado. Tão importante como saber quem vence, é que a eleição de hoje seja uma demonstração de vitalidade do clube e um exercício de liberdade incondicional, livre desde logo de suspeitas e de condicionamentos que manchem o ato ou ponham em causa os resultados. Essa será uma vitória de todos os portistas e um passo decisivo para a reunificação do clube logo a seguir. Até porque amanhã há clássico com o Sporting.
2 Schmidt tem razão. Adeptos que arremessam objetos ou cospem em jogadores e treinadores não devem ter espaço num estádio de futebol. Como Rui Costa disse recentemente, há limites que não podem ser ultrapassados e, antes deles, há uma margem enorme para a crítica e a contestação ser manifestada. De resto, como sempre, a melhor forma de acalmar os adeptos é puxá-los para o lado da equipa com uma boa exibição e um bom resultado. Puxar-lhes as orelhas não costuma resultar tão bem.