Ciclismo olímpico teve um embate das nações nunca visto - Vinokourov é um homem de tristes histórias de doping
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Sou dos que se entusiasmam a ver uma corrida de ciclismo. Por isso, ontem ferrei as mãos no sofá quando, na última volta da longa corrida olímpica, se travou um embate de nações como nunca vira: Espanha e Suíça a puxar na fuga, Grã-Bretanha e Alemanha a perseguir no pelotão.
Só lamentei não servirem os nomes dos países para umas piadas políticas, mas isso era o menos, sabendo eu que na fuga, estrategicamente colocado lá atrás, seguia Rui Costa, esperando o seu momento. Aí a uns cinco quilómetros do fim seria a hora de atacar, expliquei aos meus filhos. Depois, aquele ataque antes de tempo de um colombiano com nome de banda desenhada (Uran Uran?), seguido pelo habitualmente finório Alexandre Vinokourov, tornou-se demasiado sério.
E acabou por dar a vitória ao cazaque, um daqueles corredores de Leste que pensam mais neles do que nos colegas, um homem com tristes histórias de doping, um daqueles que o COI não queria ver nos Jogos, enfim, o mau da fita. Fiquei com a tarde estragada.