Era só um jogo da Liga Europa e não se comemorava um troféu, tanta parra e pouca uva, mas foi tão bonito como o golo
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Qualquer adepto deve já ter visto vezes sem conta o golo de William Gomes aos 90"+3" em Salzburgo. Uma vez mais, o deambular, o receber bola e dois toques a chamar o destino para o centro do campo em movimento horizontal de meia progressão, a ultrapassar adversários à ilharga, como se fossem eles a ilha e William o comandante, a aproximação pelos olhos, "chuta" grita-se, vai que é remate, o que seja, a puxar ao canto inferior mais distante e a soltar a comoção coleciva. Aqui como lá.
Pela terceira vez esta época, o miúdo com sotaque, aquele que finge binóculos com as mãos para ver bem ao longe, mostra ter faro orientado para o tri e deixa a sua "trademark" para incautos, agora na Europa. Depois de Casa Pia e Sporting, foi um dos viveiros-armazéns da Red Bull a ver a bola redonda com asas a entrar puxadinha e plena de intenção, a resolver um jogo amarrado e duro de roer, tanta foi a taurina jorrada nesta estreia na Liga Europa. O que viria a seguir foi tão bom ou melhor.