JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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O campeão somou a sexta vitória seguida na Liga, batendo um concorrente direto, o FC Porto, e instalou-se na liderança, à condição, porque o Sporting será comandante isolado se conquistar três pontos na visita de hoje a Faro.
O Benfica, com Roger Schmidt, venceu o FC Porto pela terceira vez em quatro partidas. Uma vitória natural, atendendo a que o dragão atuou mais de 70 minutos com 10 jogadores.
Foi o terceiro êxito de Roger Schmidt diante dos dragões. Curiosamente, nos três encontros o adversário terminou em desvantagem numérica, sendo que, no duelo que rendeu um troféu no arranque da época aos encarnados, a Supertaça, quando Pepe viu o cartão vermelho, à beira do fim, já o resultado estava feito. Nos embates do campeonato, a história foi diferente, porque tanto Fábio Cardoso, ontem, como Eustáquio, em outubro do ano passado, foram subtraídos à partida na primeira metade. Ficámos sem saber como seria o andamento do encontro com as equipas completas.
Mesmo assim, haverá muito para dizer. Desde logo que o treinador do Benfica sabe comandar a cabeça dos jogadores. Depois de terem visto os azuis e brancos, com menos um em campo, controlar o jogo e criar duas boas situações para marcar, as palavras de Schmidt, ao intervalo, acalmaram o grupo, que dominou a segunda metade, como se impunha, atendendo a que defrontava um adversário reduzido a 10, a acumular esforço e que até teve de recorrer a um defesa-central - Zé Pedro, que belo jogo! - recrutado à equipa B.
Também percebemos, uma vez mais, que é muito difícil vencer um clássico a Conceição. Nem a inferioridade no marcador, como se viu na época passada, na Luz, parece afetar a superioridade moral das equipas que comanda. Já a inferioridade numérica, pelo menos na Liga, tem sido fatal.