
Se não tiver servido para mais nada, talvez o caso Cardoso Varela sirva para evitar que mais jogadores menores continuem a ser tratados como mercadoria
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O cancelamento da transferência de Cardoso Varela para um clube da quarta divisão da Croácia, que serviria de trampolim para o futebol alemão, é uma vitória da persistência do FC Porto na defesa dos seus interesses, mas sobretudo na defesa dos regulamentos que protegem os menores em casos de transferências internacionais. E é, simultaneamente, uma derrota clara para os agentes sem escrúpulos que atuam nas entrelinhas das leis, para os clubes que servem de entreposto em “paraísos regulamentares” como a Croácia e, mais ainda, para os que servem de destino final, responsáveis por alimentar um carrossel que gira na fronteira entre o tráfico humano e a exploração de menores.

