O Sporting foi claramente a melhor equipa do campeonato. Uma obra com assinatura de Rúben Amorim, que os sportinguistas querem manter em Alvalade no futuro. O melhor mesmo é aproveitar o presente.
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Apenas três anos depois do último título, o Sporting volta a sagrar-se campeão nacional. Três anos é um instante para um clube que tinha o mau hábito de esperar décadas para descer ao Marquês e diz muito sobre o tanto que mudou no emblema ao longo dos últimos anos. A começar pela estabilidade. A estabilidade que permitiu a Rúben Amorim manter-se como treinador depois de ter liderado a equipa a um ominoso quarto lugar na última temporada. A estabilidade que lhe deu margem para começar a preparar esta época durante a anterior e que lhe garantiu meios para se reforçar cirurgicamente nas posições onde a equipa era mais deficitária.
Claro que este tipo de estabilidade conquista-se e Amorim tratou de a conquistar logo no primeiro ano, quando encerrou um jejum de 19 anos sem títulos para conquistar um crédito quase ilimitado junto dos sócios e adeptos do Sporting e junto da equipa diretiva liderada por Frederico Varandas. Ontem, os sportinguistas receberam de volta em alegria toda a fé que depositaram na certeza de um projeto que não mudou de rumo apesar dos maus resultados pontuais e voltaram a festejar um título de campeão sem terem de esperar décadas por ele. Claro que um título é o resultado do trabalho de muita gente, mas é impossível passar ao lado da revolução que Gyokeres operou na equipa e no impacto que teve no futebol português. Hjulmand, Morita, Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio, Coates, todos os jogadores merecem uma referência individual, mas quem ganhou este campeonato foi a equipa. E essa é obra de Rúben Amorim. Talvez o caso de amor entre o treinador e o Sporting não dure para sempre, mas agora mesmo parece eterno e isso é que interessa.