Um ano, uma operação judicial em curso, eleições que originaram convulsões quase inimagináveis nos dragões, um troféu e mais pontos do que à 11.ª ronda de 23/24. Mas o momento é de crise...
Corpo do artigo
Passou um ano desde o dia que marcou o princípio do fim da era Pinto da Costa no FC Porto. Impensável - ou quase - até então. A Assembleia Geral portista daquele 13 de novembro de 2023 degenerou em episódios de violência e originou consequências diversas e irreversíveis. Da Operação Pretoriano ao triunfo esmagador de André Villas-Boas nas eleições para a presidência que se sucederam, passando por todos os efeitos secundários associados, nomeadamente, as mudanças estruturais e de intérpretes, como treinador e jogadores da equipa principal de futebol.
A memória tende a ser traiçoeira e se há fenómeno que vive do momento esse é o futebol. Desportivamente falando, há um ano, após a 11.ª jornada, o FC Porto era terceiro do campeonato, com 25 pontos, a três de Benfica e Sporting. Somava oito vitórias, um empate e duas derrotas (com Benfica e Estoril); esta época, os dragões são segundos, com 27 pontos, a seis do imparável Sporting, com mais dois do que as águias (com um jogo em atraso) e mais um troféu no palmarés, a Supertaça (perdida em 23/24). Em nove jornadas da Liga, sofreram duas derrotas, com Sporting e Benfica, esta por números, 4-1, que não se viam há 60 anos. Este é o aqui e o agora, a que se soma a derrota em casa da Lázio para a Liga Europa, uma série de duas nada condizente com os pergaminhos de um clube cujos adeptos não admitem outra coisa que não seja a vitória em Moreira de Cónegos para a Taça como forma de estancar a crise.