A Casa das Seleções Nacionais, na Marinha Grande, é hoje uma realidade em desenvolvimento e estão em curso novas pistas no Seixal e em Famalicão
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No próximo dia 27 de outubro celebra-se o primeiro aniversário das eleições que ditaram a entrada desta Direção na Federação Portuguesa de Atletismo. Parece que foi ontem. Mas foram 12 meses que passaram a correr. Quando abracei este desafio, fi-lo com o coração e com a mesma determinação com que, em atleta, entrava em cada linha de partida: com ambição, com coragem e com o orgulho de representar o meu País.
Desde o primeiro dia, quis uma Federação próxima das pessoas. Uma casa aberta para quem vive o atletismo todos os dias: os atletas, os treinadores, juízes, dirigentes, clubes e associações. Fui a muitas pistas, ouvi muitos dos nossos e percebi que o que nos une é maior do que todas as dificuldades. Era preciso voltar a dar esperança e direção ao nosso atletismo. Hoje sinto que demos passos certos nesse caminho.
Reuni com inúmeros municípios do norte ao sul do País e das Ilhas e, dessa forma, colocando em marcha ou obtendo garantias para projetos há muito sonhados. A Casa das Seleções Nacionais, na Marinha Grande, é um desses projetos e é hoje uma realidade em desenvolvimento. Mas estão também em curso novas pistas de atletismo no Seixal e em Famalicão, lançámos as bases para Centros de Alto Rendimento em Coimbra, na Maia e em Gaia. São estruturas que não servem apenas o alto rendimento ou o desporto adaptado, servem o futuro.
Mas o atletismo vive também de resultados e 2025 foi um ano de grandes sinais. Levámos seleções completas às principais competições. Conquistámos 11 medalhas entre campeonatos do Mundo e da Europa; celebrámos 20 medalhas em mundiais de desporto adaptado; 70 recordes nacionais foram batidos, entre escalões jovens, seniores e veteranos. Isto mostra vitalidade, trabalho e confiança. Mostra que o talento português está vivo e que o nosso sistema começa a responder melhor. Acreditar nos atletas, dar-lhes condições e reconhecimento, é essa a missão da Federação.
Ao longo deste ano, reforçámos o diálogo com os clubes, ajustámos critérios de apoio e demos passos firmes na gestão transparente e responsável. Não há milagres, há trabalho. E quando o trabalho é partilhado, os resultados aparecem, como apareceram nos Mundiais de Tóquio, onde conquistámos duas medalhas de ouro.
Um ano depois, mantenho a mesma chama com que comecei. Sei que ainda há muito, mesmo muito por fazer. Mas sinto orgulho no caminho que estamos a construir. O atletismo português tem história, tem presente e, acima de tudo, tem futuro. Continuarei a correr por dentro dele... com todos vós, pelo nosso País.