A sede da FPF deverá transformar-se numa espécie de jardim-escola na próxima terça-feira
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Começar a leitura do jornal pela primeira ou pela última página, pelo menos hoje, não deixa de ser um exercício curioso. Se arrancou pela ordem tradicional, há de reparar que a pré-época está como é costume estar nesta altura: há reforços que se anunciam e outros que até já marcam. Nada de novo, portanto. A parte engraçada disto é que essa sensação pode ser exatamente a mesma se apostou na última página: também continua tudo igual. Passe os olhinhos pelo texto de abertura e comprove-o - clubes que não se entendem, entre apoiantes e oponentes à atual liderança da Liga; dirigentes que ameaçam voltar de língua afiada, mais bronzeados e com energias recarregadas, a clamar por justiça. Seja ela qual for. E, desta vez, com direito a reunião numa espécie de jardim-escola, a sede da FPF, onde o mais provável é que na terça-feira se conclua nada ou coisa nenhuma.
Enquanto não chega esse ruído, registe-se a parte boa da previsibilidade das coisas. Os jogos de preparação arrancaram em força e, ainda que o bom senso desaconselhe conclusões precipitadas, sobra espaço para se desenferrujarem os primeiros adjetivos, reservados sobretudo aos novos. Seja a feijões ou a taças, não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão. Tello, há dias, e Talisca, ontem, conseguiram essa primeira boa impressão. No Sporting, ainda não foi desta que houve reforços a marcar (na baliza certa), mas, como na última época, não é mau que o entusiasmo comece no banco, com vitórias, mesmo que magras para tanta ambição. Marco Silva não teve razões de queixa e já tem na ementa um Benfica-Sporting para acelerar a adaptação à escala das responsabilidades...