Fosse correr, pensar, reagir ou executar.
Antes de se defrontarem para o que realmente interessa - pelo menos foram essas as mensagens transmitidas pelos treinadores de ambos -, Benfica e Braga passaram maus bocados na Liga Europa frente a equipas britânicas.
Os da Luz, por a assimetria de valores funcionar a favor, ainda conseguiram emendar o pé e minimizaram os estragos, mas os minhotos, num jogo onde a dita assimetria jogava contra, não evitaram ser goleados.
Com mais ou menos poupanças, em ambos os jogos a diferença esteve na velocidade. Não apenas na quantidade de metros que uns são capazes de correr mais do que os outros, mas também na velocidade de pensamento, reação e execução.O Rangers chegou à Luz e sabia exatamente aquilo de que necessitava para
ultrapassar a defesa do Benfica: velocidade pura. Fê-lo de duas formas: bola para as costas dos centrais quando o bloco subia (rendeu um vermelho) e explorar as subidas e as debilidades defensivas dos laterais. Os escoceses, mesmo sendo mais fracos, não só conheciam os caminhos como desempenhavam mais depressa todas as funções. Estranho é Jorge Jesus não ter antecipado a estratégia de Steven Gerrard, ou então pensou que valia a pena correr o risco. Valeu-lhe Darwin e elevada dose de sorte.
Com o Braga a complicação foi maior. A equipa nunca esteve em condições de discutir a partida. Se na Luz se percebeu que mesmo apesar das muitas asneiras o Benfica é mais forte do que o Rangers, em Leicester prevaleceu a ideia contrária: um adversário forte de mais. Porque aquele não foi o melhor Braga, esperemos ver a equipa no máximo quando os ingleses visitarem a Pedreira. Vai ser preciso, mesmo que Brendan Rodgers volte a deixar o incrível Jamie Vardy no banco.
