FORA DA CAIXA - A opinião de Joel Neto.
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GRANDE JORNADA. No campo e fora dele
O triunfo do FC Porto na eliminatória com a Juventus foi um grito contra a nossa subalternidade.
O desempenho coletivo, a demonstração de compromisso de Pepe (como é possível jogar assim aos 38?), as lágrimas de Pinto da Costa, o abraço entre Sérgio e Taremi, a loucura dos adeptos, a revolta nas hostes adversárias contra a sua superestrela: os sinais de que o FC Porto e o futebol português ainda são alguma coisa do que julgámos que apenas tinham sido hão de marcar as próximas campanhas lusitanas na Liga dos Campeões e não só.
E, entretanto, eu junto-lhes o pedido de desculpas de Fernando Saul a Ronaldo. Já aqui escrevi sobre os 'speakers' (não só o do FC Porto) e o triste papel que têm no culto da descortesia para com os adversários. Desta fez foi bem mais do que isso, e nenhum clube se pode dar ao luxo de manter no cargo de oficial de ligação aos adeptos quem está disponível para espicaçar a pior boçalidade na massa associativa. Oxalá os jogadores e treinadores que têm feito gala da deselegância na hora do fracasso, aliás de todos os clubes, ponham os olhos nesta contrição. E não continuem a incitar à grosseria também.
COMO É POSSÍVEL? Mas como é possível?!
A suspensão de Raúl Alarcón deixa-me atónito. Só me apetece perguntar: como é possível que, depois de tudo aquilo por que a modalidade passou, tantos ciclistas, inclusive de elite, continuem a acusar "doping"? Mas depois lembro-me que já o perguntei antes, aliás várias vezes - e que, na verdade, não há mais nada a dizer em defesa do ciclismo.
