Sporting e Benfica regressam à Liga dos Campeões com a certeza de grandes jogos em casa e esperança em seguir em prova para além da fase de liga
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No campo da teoria podia ter sido pior, na prática pode tornar-se pior. Ou nem por isso, já que entre a teoria e a prática vão sete jogos no milionário patamar do futebol europeu. Olhando para o sorteio da fase de liga da Liga dos Campeões, é lógico pensar-se que Sporting e Benfica não podem queixar-se da sorte. Especialmente os leões. Apesar do PSG, Bayern ou Real Madrid. A ideia geral não se mexe um centímetro, mesmo incluindo na lista Chelsea, Juventus e Nápoles. Sim, são adversários de respeito, mas o que dizer do PSG, adversário do Sporting em Alvalade, que nesta fase da Champions terá também de medir forças com Barcelona, Atalanta, Leverkusen, Tottenham, Newcastle e Athletic Bilbao? As teorias valem o que valem, mas apenas até ao dia em que derem de caras com a realidade. Aí não há truques de VAR.
O que é certo é que as duas equipas portuguesas evitaram o cenário de longas viagens, em especial o Sporting, que escapou aos 7000 quilómetros que separam Lisboa de Almaty, cidade do Kairat. Essa tarefa ficou para a equipa do Cazaquistão, para quem seria mais perto ir jogar a Tóquio do que deslocar-se a Alvalade. E provavelmente com menos fusos horários a atrapalhar. Ao ser anfitrião do Qarabag, o Benfica evitou uma viagem ao Azerbaijão, que também não fica propriamente perto da capital portuguesa. Por isso, se olharmos bem, Benfica e Sporting podem por enquanto continuar mais concentrados no mercado de transferências; e, no campo das hipóteses, o futebol português pode até sonhar com pontos importantes conquistados na Liga dos Campeões. E sem precisarem de GPS para chegar a um estádio no Cazaquistão ou Azerbaijão...