Brahimi precisa de entender que o inegável talento que possui só o consegue levar até meio do caminho
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Madjer acha que Brahimi no banco de suplentes é um desperdício de talento para o FC Porto e para o próprio compatriota. Não é difícil concordar com ele. Como não é difícil concordar com ele quando diz que é Brahimi quem tem de mostrar que pode ser uma mais-valia, que é ele quem precisa de provar que merece a confiança do treinador e que é dele a responsabilidade de demonstrar que tem valor para acrescentar à equipa.
De resto, para quem ainda não tivesse percebido exatamente como consegui-lo, Nuno Espírito Santo até tratou de fazer um desenho com legenda e tudo. Escreveu lá compromisso, cooperação e comunicação. Os três pilares em que assenta o jogador à FC Porto imaginado pelo treinador. Não escreveu talento por motivos óbvios: não se chega ao plantel de uma equipa como o FC Porto sem talento. Talento, a este nível, é um dado adquirido. Portanto, para encontrar espaço naquela equipa que encostou o Benfica às cordas no clássico, Brahimi precisa de mostrar o mesmo nível de compromisso, a mesma capacidade de cooperação e a mesma facilidade de comunicação dos companheiros. Por outras palavras, precisa de mostrar que consegue ser um jogador à FC Porto, o que, convenhamos, não tem sido frequente, mas está longe de ser impossível. Afinal, como Madjer reconhece, o talento continua todo lá. Seria lamentável que Brahimi o desperdiçasse.