JOGO FINAL - Uma opinião de Nuno Vieira
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Não se perspetivava uma deslocação fácil para o FC Porto, não só pela tradição de jogar em Barcelos aconselhar extremos cuidados, mas também porque a estreia do Gil Vicente no campeonato tinha sido impactante, com um êxito no terreno do Nacional da Madeira. Os dragões também se apresentavam com o otimismo em alta, fruto do triunfo convincente frente ao Vitória de Guimarães, e a resposta da equipa de Francesco Farioli voltou a ser muito positiva, empurrando -a para a conquista de mais três pontos.
O FC Porto venceu e convenceu onde no ano passado tudo correu mal, de tal modo que Vítor Bruno até foi despedido. Com fantasmas espantados, o dragão escreve a palavra sonhar em azul bem vivo.
No ano passado, sensivelmente a meio da I Liga, os azuis e brancos visitavam este mesmo estádio e saíam de lá vergados ao peso de uma derrota com algumas polémicas pelo meio, que acabaram por resultar no despedimento de Vítor Bruno, mas este ano tudo foi diferente, com Froholdt – um reforço que não engana – a abrir a contagem e Pepê a fechá-la, ele que na temporada passada, no referido pesadelo, se envolvera numa troca de palavras lamentável com o então treinador… pelas redes sociais.
Após as sombras de Anselmi, que deixaram alguns jogadores a duvidarem de si próprios, tudo parece ter entrado nos eixos com a contratação de um novo timoneiro. Farioli só não tem 100 por cento de popularidade porque teima em manter Rodrigo Mora no banco, o que não agrada à generalidade dos adeptos, mas os resultados dão razão ao italiano, que espantou fantasmas em Barcelos e vai conquistando pequenas vitórias em busca da vitória final. A procissão ainda vai no adro, mas os sonhos estão escritos em azul vivo.