Se Gyokeres é para sair, ao menos que proporcione uma receita histórica ao Sporting
O JOGO DO LEÃO - Opinião de Manuel Moura dos Santos
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1 - Era importante começar 2024 a ganhar, num mês de janeiro em que o Sporting tem pelo menos de disputar seis jogos, que podem ser sete, se disputar a final da Taça da Liga. E começámos bem, aliás, muito bem. Batemos o Estoril, sem apelo nem agravo, por uns expressivos 5-1. Rúben Amorim percebeu bem o esquema de jogo do Estoril. Ao controlar e praticamente anular Guitane, Rodrigo Gomes e João Marques, o Estoril foi inofensivo na frente de ataque, nunca criando grandes problemas ao Sporting. Há que reconhecer que o Estoril jogou em Alvalade como a maioria das equipas não tem jogado, sem uma enorme concentração de jogadores na defesa, diminuindo os espaços ao Sporting e criando problemas de penetração ofensiva. Ao jogar com uma defesa mais subida, expôs-se à rapidez de penetração dos avançados do Sporting, como o resultado final demonstra.
2 - Gyokeres não marcou, mas esteve em quatro dos cinco golos marcados, com três assistências, e arrastando a defesa do Estoril para abrir o espaço necessário para Pedro Gonçalves marcar o quarto golo. O jogador sueco fez mais uma grande exibição, confirmando que é a principal figura da 1.ª volta da nossa Liga. Se se confirmar aquilo que é a opinião generalizada que Gyokeres apenas jogará esta época no Sporting, saindo no fim da mesma, o meu clube deveria tomar medidas para prevenir esta previsível saída, revendo o contrato do jogador sueco de forma a aumentar significativamente a cláusula de rescisão. Se é para sair, ao menos que proporcione uma receita histórica ao Sporting.
3 - Edwards fez, também ele, uma bela exibição, coroada com dois golos. O jogador inglês quando tem espaço é letal. As combinações com Geny Catamo foram um dos abre-latas para chegarmos ao resultado obtido. Eduardo Quaresma fez um bom jogo, diminuindo as dores de cabeça de Rúben Amorim no que concerne à composição da defesa, face às ausências de Coates, Diomande e St.Juste. Gonçalo Inácio foi imperial, secando Marqués, que passou por Alvalade sem praticamente se dar por ele.