Rui Borges e Vítor Bruno tiveram “duelo à distância” antes do confronto em campo. Eventual titularidade do espanhol foi assunto.
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As conferências de imprensa de antevisão ao encontro grande desta jornada, o V. Guimarães-FC Porto, foram um primeiro momento do jogo. Talvez se devesse, até, repensar o conceito dos quatro momentos do jogo (a que Jorge Jesus fez questão de acrescentar outro, da sua lavra, as bolas paradas…) e considerar o desta comunicação de véspera, em que os treinadores respondem às perguntas dos jornalistas com o fito de falarem também - ou sobretudo - para os seus jogadores, adeptos e, não menos importante, adversários.
Foi o que fizeram Rui Borges e Vítor Bruno, com o técnico vitoriano a sugerir que Samu pode ser titular nos portistas e que está preparado para as diferentes coisas que o espanhol dá em relação a Namaso, e o homólogo portista, confirmando as diferentes aptidões de ambos, até na relação com os colegas dentro de campo, dando a entender que manterá a aposta no inglês. Se estava a fazer “bluff” hoje saberemos, mas mesmo tendo Samu dado o triunfo aos dragões na ronda anterior, com o Farense, manter Namaso no onze seria nova confirmação de que Bruno não deixa ninguém para trás à primeira oportunidade para mudar. É uma forma de segurar o balneário, como sucedeu com Zé Pedro (entretanto, saiu da equipa) após as chegadas de Nehuén Pérez e Djaló.
Saber assumir a vontade de ganhar e, em simultâneo, sacudir essa pressão constitui a arte deste “jogo falado”, que ontem incluiu elogios mútuos e alertas para os perigos de cada equipa e até do ambiente do estádio, ainda que os portistas só tenham perdido uma vez nos últimos 20 jogos em Guimarães. Hoje defrontam-se os dois segundos “ex aequo” e o facto de os leões terem açambarcado os prémios da Liga pode ter sido uma motivação extra neste duelo pelo estatuto de perseguidor mais imediato do Sporting.