João Félix no Benfica é um casamento que serve a jogador, clube, Rui Costa e até à Seleção. Uma segunda (ou quarta) oportunidade para relançar uma carreira em pausa e reacender a chama que se apagou em Madrid. Se faz sentido? Depende de quem pergunta
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Há todas as razões e mais uma para acreditar que o regresso de João Félix ao Benfica é a melhor decisão possível. E é assim porque serve os interesses do jogador, do clube e ainda de Rui Costa. Um triângulo amoroso que pode ser a segunda oportunidade — quarta, na verdade, depois de Chelsea, Barcelona e Milan — de o internacional português recuperar toda a aura que perdeu desde o dia em que aterrou em Madrid para representar o Atlético. Nunca a conseguindo recuperar, por mais cidades que fosse acumulando à lista de “residência atual”. Um eventual regresso de João Félix a Portugal serve ainda os interesses de Rui Costa, o candidato às eleições do Benfica. Quem é que, entre os que figuram já na grelha de partida das eleições de outubro, descartaria o regresso de Félix? Nenhum. A diferença é que, a mais de três meses do ato eleitoral, só o atual presidente o pode fazer neste verão de transferências.
A esta equação pode ainda juntar-se a Seleção Nacional, porque se Roberto Martínez não prescinde do atual Félix, o que faria de um Félix mais parecido com o que deixou a Luz por 120 milhões de euros em 2019? O regresso de João Félix ao Benfica pode, por isso, ser um caso sério de poliamor, servindo os interesses e desejos de pelo menos quatro partes. Agora, se é de um jogador assim que o Benfica precisa desesperadamente para 2025/26, isso é outra discussão. Sem falar se a Liga portuguesa é o palco que o jogador quer aos 25 anos. Talvez, se nos lembrarmos de que há um Mundial em 2026.