O melhor finalizador da história continua a humilhar os ateus que lhe restam. Pizzi já pede um altar só para ele
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1. Com atraso, porque a sexta-feira 13 foi na semana passada, este artigo versa o sobrenatural. O salto (descolagem?) de Cristiano Ronaldo para o segundo golo da Juventus à Sampdória e o momento de forma de Pizzi, no Benfica, encaixam bem na definição. Não é que fosse imprescindível, mas Ronaldo vai ferindo regularmente a sanidade que resta aos seus ateus em gestos que o impõem como o melhor finalizador da história do futebol (já o segundo golo à Udinese, de reflexo e na passada, tinha sido de loucos).
Aquele cabeceamento diz tudo: talvez haja quem salte tão alto, talvez haja quem cabeceie com tanto talento, talvez haja quem cheire o jogo com tanta clareza; talvez haja jogadores tão rápidos a matar um defesa; mas para fazer aquele golo era preciso o arsenal completo, e nunca houve um atacante tão bem armado para a função como Cristiano. É um facto. Como é um facto a forma prodigiosa de Pizzi, mais notória ainda num jogo como este, com o Braga, em que outros setores da equipa do Benfica baixaram uns degraus no rendimento.
O lado sobrenatural da fase que ele atravessa está na autoconfiança que mostra, no trato da bola, no remate, no passe. Com Bruno Lage, já vimos o melhor Rafa, o melhor Seferovic, o melhor Taarabt e esperemos não ter visto o melhor Félix, porque isso significaria que o Atlético de Madrid deixou ficar na Luz metade da fórmula que julga ter comprado.
2. Bom (e sereno) discurso de Sá Pinto depois do Benfica-Braga, e três notas: Trincão pode mudar a face da equipa, os centrais desiludem, e abdicar de contratar um homem de área foi um erro que se está a fazer pagar.