Opinião do jornalista António Pires
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Há duas formas de olhar para a derrota de ontem de Portugal ante a estreante Geórgia, que voltou a fazer história. A simplista e a complexa.
A primeira é dizer que dois erros individuais de António Silva provocaram o desastre. A segunda implica uma análise não só aos desempenhos individuais - e houve vários abaixo da bitola exigida para superar este rival - mas, principalmente, à ideia de jogo coletivo e ao que falhou no plano de Roberto Martínez.
Sendo óbvio que António Silva teve um dia para esquecer e que condicionou o que se passou logo a partir dos dois minutos, o facto mais relevante é que, ao contrário do que se vem dizendo muito por aí, Portugal não tem dois onzes do mesmo nível.
E se o selecionador manteve o guarda-redes Diogo Costa e o avançado Cristiano Ronaldo, desfalcou a equipa daqueles que são os mais importantes esteios da mesma. Os centrais Rúben Dias e Pepe e os médios Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Jogou na roleta... correu mal.