Opinião de Nuno Correia da Silva
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Bem andou o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol ao propor à FIFA que as decisões tomadas em campo, por recurso ao vídeo-árbitro, fossem explicadas ao público.
A medida parece simples, mas revela uma mudança de atitude no sentido certo. Sim, o adepto não serve apenas para bater palmas, é o jogador que não joga, mas, tantas e tantas vezes, faz a diferença.
Reconhecer o dever de explicar as decisões que se tomam por recurso a tecnologia que não está disponível a quem assiste no estádio é, mais do tudo, um sinal de respeito. Respeito que é devido a quem paga para fazer parte do jogo. Quem vai ao estádio, vai porque quer viver o ambiente único proporcionado pela atmosfera do futebol, mas vai também para se sentir parte, para incentivar, para “puxar” pela equipa, para fazer a diferença e todos sabemos como é diferente jogar em casa ou jogar fora.
Se é verdade que o vídeo-árbitro veio contribuir para o primado da verdade desportiva, também não é menos verdade que introduziu alguma incerteza no espectador que está no estádio.