HÁ BOLA EM MARTE - Um artigo de opinião de Gil Nunes.
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Portugal ganhou por cinco à Bósnia e ninguém estranhou. Mais do que uma qualificação tranquila, o principal mérito de Martínez é outro: a criação de uma nova normalidade assente no padrão de que só em condições excecionais é que Portugal não vence.
Neste universo, os problemas transformam-se em circunstâncias. Desde logo o controlo dos ritmos de jogo. A segunda parte com a Eslováquia trouxe a necessidade de introduzir algum na equipa, capaz de dar um controlo fictício ao adversário. A falta que João Mário (Benfica) faz. Ou pode vir a fazer. Variações diferentes implicam grupo estanque, e tal não pode ser sinónimo de debandadas. Martínez exalta o papel dos guardiões suplentes (José Sá e Patrício) com duplo objetivo: primeiro, porque é justo; depois, porque mesmo que pouco jogues estás sempre no meu pensamento. Não vá amuares e pores-te a andar.