Condicionar o campeonato é isto. Se as transmissões televisivas mandam no futebol, será mais cordial que definam o campeão
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Por razões que a razão desconhece, o nevoeiro parece ser um fetiche recalcado e recorrente da Liga Portugal, como se, sem ele, não se alcançasse o imponderável que toda a agente antecipa. Uma espécie de filme de David Lynch sem pingo de interesse, nevoeiro só porque sim, em contaminação com piadas estéreis sobre D. Sebastião. Ninguém compreende como é possível que continuemos a olhar para a Choupana com a mesma falta de responsabilidade sobre a equação de probabilidades de adiamento. Um total desrespeito pelos clubes, pelas instituições, pelos atletas e sobretudo pelo público, pagante, que se vê privado de um espectáculo e, às tantas, nem se incomodará em repetir a experiência perante o ridículo da situação.
Aconteceu com o Benfica nesta época, aconteceu com o FC Porto, esteve para acontecer outras tantas vezes. No passado, inúmeras, a 18ª neste século. A razão que a razão desconhece mata e desacredita o futebol. Quando bastaria assumir outros horários. Do absurdo.