SENADO - Um artigo de opinião de José Eduardo Simões.
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1 Com o título quase entregue e os lugares seguintes consolidados, as expectativas para a recta final centram-se na luta pelo 5º posto entre Gil e Vitória, com a atracção da última jornada ser entre eles em Guimarães.
Se a diferença for alcançável, haverá casa cheia e ambiente infernal. Interesse redobrado na zona dos aflitos, de onde o Vizela terá "descolado". A disputa será a cinco, do Famalicão ao Belenenses (ou lá como se deve chamar a B SAD, que mostra o que um clube falido e mal gerido não deve fazer ou pensar ser, sobretudo quando está em situação de falência e com vultuosas dívidas ao fisco de retenções na fonte e IVA e à Segurança Social). Todos os jogos serão decisivos, mas a valsa vai ser dançada à volta dos azuis do Jamor em despique directo com Famalicão e Arouca. Diria que a tarefa do Tondela é a mais complicada, com as restantes a dependerem de jogos cruzados e dos nervos. Deseja-se que factores externos não influenciem os resultados, as arbitragens estejam a bom nível e o VAR ajude mesmo. Na próxima época convém melhorar alguns critérios do VAR pois há situações pouco compreensíveis, incoerentes ou erradas que não são revertidas, sem que se entenda razão ou regra aplicável.
2 A 2ª Liga também está emocionante. Os que sobem directamente ou vão disputar o acesso à 1ª Liga estão encontrados. Casa Pia e Chaves têm que visitar o Rio Ave e nenhum parece ter claro ascendente. No fundo, vemos quatro clubes separados por um pontinho. Covilhã, Varzim e Trofense vão jogar entre si e o Ac. Viseu tem calendário complicado, pelo que se antecipa uma lotaria na luta pela fuga à despromoção. Varzim e Trofense serão as equipas mais apetrechadas para tal mas prognósticos só no fim do jogo.
3 De realçar nas duas ligas a quantidade de jovens que vão confirmando capacidades e qualidades acima da média e que parecem destinados a voos altos. Alguma pena pelo (crónico) défice físico - altura e massa muscular - que, contra equipas fortes nesse domínio, acabam por ter reflexos nos resultados. Há que felicitar as equipas de prospecção e os sectores de formação espalhados pelo país, que garantem o futuro radioso das nossas selecções. FPF e Governo deviam dar um apoio bem maior a tantos clubes que, com o seu trabalho, dedicação e vocação, prestam um serviço público ao desporto nacional. E não apenas no futebol, que fique claro.