Um comentário de Rui Guimarães, jornalista de O JOGO.
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Apenas o motivo que me leva a escrever este texto torna-o difícil, porque, de resto, é fácil falar de Alfredo Quintana. Para além de ter sido, de longe, o melhor guarda-redes de andebol que alguma vez passou por Portugal, era um homem bom, alegre, de bem com a vida que esta sexta-feira perdeu.
Um homem humilde, que esteve dez anos no mesmo clube, o FC Porto, do qual, disse-o em entrevista a O JOGO, jamais sairia para outro no nosso país. E, para o estrangeiro, dependeria se também fosse bom para os dragões, pelo que imaginava-se a terminar a carreira no Dragão Arena.
Acabou por ser em Águas Santas, com mais 14 defesas, algumas daquelas impossíveis e que só mesmo Quintana as fazia. E ainda marcou dois golos. De Dragão ao peito.
No Europeu do ano passado, dois amigos pessoais que adoram andebol e eram fãs de Quintana, a Ana Rita e o Hilário, que estão a viver na Suécia, perguntaram-me se eu conseguia fazer com que conhecessem pessoalmente o guarda-redes. Ora, foi no mesmo minuto: conversaram, tiraram fotos, ele deu autógrafos, tudo na boa, tudo à Quintana.
Já agora, no regresso a Portugal, Quintana era um dos atletas que tinha o carro estacionado em Rio Maior e foi ele, na companhia de Diogo Branquinho, que me deram boleia e me deixaram à porta de casa, numa noite chuvosa de janeiro.
Um abraço e até sempre, amigo Quinta.